A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou, nesta quinta-feira (21), que mais de 65 mil famílias paraibanas têm condições de receber o Programa Auxílio Brasil (PAB). Em todo o país, o número ultrapassa a marca de 2,7 milhões de famílias que podem ser contempladas.
Na Paraíba, essa fila de espera é a maior desde novembro de 2021, quando o programa do presidente Jair Bolsonaro substituiu o Programa Bolsa Família (PBF). Para a Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), a situação é preocupante, muito por conta do momento atual do país.
“Essa é uma situação que nos preocupa, pois são 65,4 mil famílias sem o auxílio, representando um total de 111.635 mil pessoas. É essencial que o Governo Federal encontre uma solução para esse problema para que essas famílias possam ter ao menos o que comer. Estamos passando por uma situação difícil no país e o auxílio se torna a única fonte de renda de muitos paraibanos”, destacou George Coelho, presidente da Famup.
A explicação para o aumento, segundo a CNM, está na mudança de diretrizes do programa, que alterou os valores alguns valores. A extrema pobreza saiu de R$ 89,00 para R$ 105,01 , enquanto apenas pobreza alterou de R$ 105,01 a R$ 210,00. Além disso, o Auxílio Brasil começou a acrescentar pessoas da faixa etária entre 18 e 21 anos.
Um dos dados que pode ajudar a compreender o crescimento da demanda reprimida foi o número de concessões de novos benefícios do Auxílio. De acordo com o CNM, foram 41.196 novos beneficiários em abril de 2022, o segundo menor desde março do mesmo ano, quando o número chegou a 4.336. Enquanto a maior ocorreu no mês de janeiro, com 3.046.911.
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