O Ministério Público da Paraíba (MPPB) planeja incentivar o Poder Legislativo da Paraíba a criar uma lei de âmbito estadual para coibir o uso de fogos de artifício barulhentos em todo Estado. Esta será uma das ações do órgão estadual na campanha “Brilho Sim, Barulho Não!”.
A campanha foi realizada pela primeira vez no fim do ano passado, pelos conselhos regionais de Medicina (CRM-PB) e de Medicina Veterinária (CRMV), pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PB) e pela Defensoria Pública da União (DPU). Em 2023, o MPPB adentrou à campanha, reforçando a atuação de seus promotores para cuidar da saúde e do meio ambiente.
De acordo com a promotora de Justiça do MPPB e coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, Danielle Lucena, uma das medidas será a iniciativa de criar uma lei que proíba os fogos de artifício em todo o estado. Atualmente, apenas Campina Grande, Conde e Cabedelo proibiram completamente o uso — em João Pessoa, apenas em eventos da Prefeitura.
“Nós [MPPB] buscaremos articulações com o poder legislativo do Estado, para que tenha uma abrangência a nível estadual, como já ocorre em Senado Federal e Câmara dos Deputados projetos de lei com essa restrição”, disse a promotora ao Portal MaisPB.
Comumente utilizado nas festas de final de ano ou em comemorações especiais, os fogos de artifício ficaram cada vez mais perigosos com o passar das décadas. Em nota técnica expedida nesta segunda-feira (27), o MPPB ressaltou que o barulho emitido pelos objetos podem causar danos ao meio ambiente, especificamente à fauna, que pode ser atingido pelos dejetos.
Contudo, o maior risco é para as idosos, crianças, pessoas com Transtorno de Espectro Autista (TEC) e Pessoas com Deficiência (PCD). Os promotores de Justiça do Ministério Público, através de especialistas, constataram que “as explosões podem ocasionar crises devido ao incômodo auditivo e aumento da ansiedade”.
O mesmo vale para idosos com doenças mais severas, como Mal de Alzheimer, além da possibilidade de sustos levarem a infartos e outras complicações. O pânico também é comum em cães e gatos, que geralmente são mais sensíveis às explosões devido suas audições aguçadas.
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