O relator do PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado Gervásio Maia (PSB-PB), acertou com a equipe econômica um ajuste no texto para permitir que o governo persiga o piso — e não o centro — da meta de resultado primário em 2026.
Gervásio também decidiu incluir, em nova versão de seu relatório, um calendário para o pagamento obrigatório das emendas parlamentares. Pelo menos 60% das emendas deverão ser pagas até julho.
O texto final será apresentado nesta quarta-feira (3) e, em seguida, votado na CMO (Comissão Mista de Orçamento). A tentativa é aprová-lo em plenário na quinta-feira (4).
A meta do governo para 2026 é um superávit primário de 0,25% do PIB (Produto Interno Bruto), o que equivaleria a R$ 34,3 bilhões, já descontando gastos enquadrados como exceções — como o cálculo à parte do pagamento da maior parte dos precatórios.
O arcabouço fiscal estabelece, no entanto, uma tolerância de 0,25 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, no caso de 2026, uma meta que varia de zero a superávit de 0,5% do PIB.
Na prática, isso leva a equipe econômica a mirar o nível mais baixo e a contingenciar menos despesas discricionárias no orçamento.
Blog Eli Cavalcante com CNN Brasil