O senador paraibano Efraim Filho (União Brasil) afirmou nesta quarta-feira (3) que a saída da federação partidária União Brasil–Progressista do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fortalece sua posição no embate interno pelo controle da legenda na Paraíba. Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, o parlamentar disse estar convicto de que sairá vencedor da disputa contra o grupo liderado pelo vice-governador Lucas Ribeiro (PP).
“A repercussão da decisão de ontem fortalece nossa posição interna em detrimento da posição dos Ribeiros, o que me leva a crer que ganharemos essa disputa e teremos o comando da federação para disputar o governo da Paraíba em 2026”, declarou Efraim.
A fala ocorre um dia após a federação nacional anunciar oficialmente o desembarque de todos os seus filiados do governo federal, encerrando a já fragilizada aliança com o Palácio do Planalto. O comunicado foi assinado pelos presidentes nacionais do União Brasil, Antonio Rueda, e do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PP–PI). A decisão determinou a saída imediata de todos os ministros filiados às duas siglas — incluindo Celso Sabino (Turismo) e André Fufuca (Esportes). Segundo a nota, quem insistir em permanecer nos cargos poderá sofrer sanções internas, incluindo expulsão partidária.
Nos bastidores, o rompimento foi visto como uma tentativa clara de reposicionamento político das legendas para as eleições gerais no Brasil e para a sucessão presidencial e estadual em 2026.
Disputa interna na Paraíba
Na Paraíba, a ruptura nacional reacende a disputa local pelo comando da federação União Brasil–PP, hoje polarizada entre os grupos de Efraim Filho e do vice-governador Lucas Ribeiro, sobrinho do deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) e aliado do governador João Azevêdo (PSB).
Tanto Efraim quanto Lucas são nomes ventilados como pré-candidatos ao governo do estado em 2026. O controle da federação será determinante para definir palanques, alianças e estrutura partidária durante a campanha. A tendência, no entanto, é que a direção nacional só bata o martelo em 2026, com base em pesquisas eleitorais e avaliação da força política dos postulantes.
A movimentação nacional liderada por Ciro Nogueira e Antonio Rueda também impacta diretamente o cenário político paraibano. O endurecimento da federação pressiona parlamentares e dirigentes estaduais que vinham tentando conciliar interesses locais com a permanência de espaços no Executivo federal — postura agora considerada incompatível com a linha adotada pela federação.
Blog Eli Cavalcante com Fonte83