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Mulheres brasileiras têm menos orgasmos que homens, aponta pesquisa

Se você abrir qualquer site pornô e clicar em um vídeo estrelado por um homem e uma mulher, é provável que ela esteja se contorcendo de prazer segundos após a penetração. Provavelmente, também estará tendo um orgasmo antes do(s) parceiro(s) masculino(s). Embora a cena seja quase onipresente na pornografia, na vida real, o que acontece é bem diferente. No Brasil, a maioria das mulheres ainda não está totalmente satisfeita com as próprias experiências sexuais — longe disso.

Em comemoração ao Dia do Sexo (6/9), o app de namoro Happn e pantynova realizaram uma pesquisa em que foi constatada uma lacuna entre a “gozada” feminina e masculina. Menos da metade das mulheres relataram chegar ao orgasmo de forma consistente durante o sexo, enquanto mais de 70% dos homens disseram o mesmo.

Com mais de 1.990 entrevistados, a pesquisa destacou que a diferença entre o prazer feminino e masculino se torna ainda mais evidente quando comparamos as experiências solo: enquanto mais de 80% das mulheres dizem sempre atingir o clímax na masturbação, apenas 35% relatam chegar lá durante o sexo com um parceiro.

Não à toa, existe até um termo para isso: a Lacuna do Orgasmo, às vezes chamada de Lacuna do Prazer, termo cunhado no início dos anos 2000 para descrever a diferença na frequência de orgasmos alcançados durante o sexo entre homens e mulheres.

A pesquisa mostrou uma diferença geracional na forma como as pessoas estão vivendo a sexualidade. Para as mulheres, em especial, a satisfação tende a aumentar com a idade, porém, a geração Z traz outra perspectiva sobre o assunto — eles querem ter mais sexo, só que enfrentam instabilidade tanto no prazer quanto na comunicação. Ao todo, 67% alegam transar menos do que gostariam; e apenas 36% das mulheres e 51% dos homens desta geração afirmam chegar ao orgasmo de forma consistente com um parceiro.

A ginecologista César Patez apontou que esse “gap” pode estar relacionado a fatores educacionais e valores, estresse, problemas de autoestima, imagem corporal, falta de conhecimento do próprio corpo, rotina e falta de comunicação com o parceiro, entre outros.

“É uma combinação de fatores, como ansiedade, falta de comunicação, questões hormonais devido ao homem ter um nível bem maior do hormônio testosterona circulante… E o fator cultural”, acrescenta.

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