Em visita a terra indígena ianomâmi neste sábado (21), em Roraima, o presidente Lula da Silva (PT) criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo abandono dos indígenas, em Roraima.
Na comitiva estiveram, a primeira-dama Janja Silva, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara e a presidente da Funai, Joênia Wapichana.
De acordo com o petista, se “o presidente que deixou a presidência esses dias, tivesse tanta vergonha de fazer motociata e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo” não estivesse abandonado.
Em coletiva, o presidente declarou que o povo ianomâmi será tratado como “seres humanos de primeira classe não ser tratado com gente de quarta classe ou de quinta classe”.
Lula definiu como desumano o que viu na maior reserva indígena do país, com crianças em estado grave de desnutrição e com malária.
O presidente firmou compromisso “com os nossos queridos irmãos”, para “dar a eles a dignidade que eles merecem na saúde, na educação, e nos direitos de ir vir”, para tratarem questões na cidade.
O petista também destacou que acabar com o garimpo ilegal será prioridade. “É importante as pessoas saberem que esse país mudou de governo e o governo agora vai agir com a seriedade no tratamento do povo que esse país tinha esquecido”, disse.
Lula prometeu retornar a Roraima, em março em assembleia na reserva Raposa Serra do Sol.
Entre as medidas para atender o povo ianomâmi, o presidente destacou a melhoria de transporte dos indígenas que precisam ir a cidade para resolver questões pessoais e ficam meses sem conseguir retornar para aldeia. “É preciso a gente dê um jeito de aumentar a pista pra que dê pra pousar um avião um pouco maior […] pra que a gente possa transportar mais gente, pra que possa transportar mais alimento”, disse.
As equipes de saúde para atender em regime de plantão devem ir até a terra ianomâmis para atender os indígenas, segundo o presidente. “Fica mais fácil transportar 10 médicos, do que 200 indígenas que estão aqui”.
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