O presidente estadual do PSD na Paraíba, ex-deputado federal Pedro Cunha Lima, afirmou nesta terça-feira (29) que não se sentiu excluído da articulação política que lançou o nome do senador Efraim Filho (União Brasil) como pré-candidato ao Governo do Estado nas eleições de 2026 com apoio do Partido Liberal (PL). A declaração contraria o que foi dito pelo deputado federal Romero Rodrigues (Podemos), que sinalizou incômodo com a ausência de consenso na formação da chapa.
Em entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio Correio 98 FM, Pedro classificou a movimentação de Efraim como legítima e natural dentro do processo democrático. “Vejo com naturalidade. É um movimento legítimo do senador Efraim, que é pré-candidato e tem todo direito de se articular, reunir pessoas e somar esforços. Tenho com ele uma parceria firme e uma relação extraordinária”, destacou.
Durante a entrevista, Pedro Cunha Lima também falou sobre a necessidade de construir um debate voltado para os problemas do estado, evitando a tradicional divisão entre lulistas e bolsonaristas. A afirmação veio ao comentar a possibilidade de Veneziano Vital do Rêgo (MDB–PB) e Marcelo Queiroga (PL) disputarem as duas vagas ao Senado em 2026 — representando espectros ideológicos distintos.
“Independe de Lula ou Bolsonaro. Precisamos discutir os desafios da Paraíba. Fiz esse esforço em 2022 e vou continuar fazendo. A disputa estadual não pode ser resumida a palanque nacional”, afirmou Pedro.
Abertura para novas alianças
Pedro também comentou o convite feito pelo presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, para que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), retorne ao partido e dispute o Governo do Estado com o apoio da legenda. O ex-deputado deixou as portas abertas para alianças, desde que os novos aliados se posicionem com clareza. “Fala-se em Efraim, no meu nome, no de Romero. Já há nomes consolidados na oposição, mas nada impede que possamos conversar com quem esteja disposto a integrar esse campo”, ressaltou.
Além de Pedro e Efraim, outros nomes como Romero Rodrigues e o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil) — primo de Pedro — também são cogitados como possíveis candidatos da oposição ao Palácio da Redenção.
Em 2022, Pedro Cunha Lima disputou o segundo turno com o atual governador João Azevêdo (PSB) e obteve mais de 1 milhão de votos, vencendo em 53 municípios. Desde então, tem se mantido ativo no cenário político estadual e é considerado um dos principais articuladores da oposição na Paraíba.
Blog Eli Cavalcante com Fonte83