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Deputado Bolsonarista defende voto impresso nas eleições, mas quer voto secreto para salvar parlamentar bandido na PEC da blindagem

O deputado federal Cabo Gilberto (PL) adora posar de paladino da transparência, repetindo em discursos inflamados a necessidade do voto impresso para “garantir a lisura das eleições”. Para ele, o eleitor precisa ter a prova física de cada voto para evitar fraudes — mesmo que o sistema eletrônico brasileiro nunca tenha registrado um caso comprovado de fraude em quase três décadas de uso.

Mas quando o assunto envolve os próprios parlamentares, a coerência do deputado some. Na votação da chamada PEC da Blindagem — apelidada de PEC da Bandidagem por praticamente blindar deputados e senadores contra prisões e processos sem autorização do Congresso —, Cabo Gilberto foi um dos que defenderam o voto secreto.

Ou seja: para o eleitor comum, ele exige transparência absoluta, até em excesso. Já para proteger colegas suspeitos de crimes, prefere a sombra do voto escondido, longe do olhar da população.

Essa postura escancara a hipocrisia de um discurso que só serve para inflamar plateias e agradar bolhas eleitorais. Quando chega a hora de mostrar coragem e compromisso real com a democracia, Cabo Gilberto se alinha ao que há de pior na política: a defesa da impunidade parlamentar.

Afinal, se o voto impresso seria a garantia da confiança do povo nas urnas, por que o próprio deputado teme mostrar em público como vota em temas que atingem diretamente a moralidade da vida pública?

Que vergonha.

Blog Eli Cavalcante com Alan Kardec

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